Hoje estive no MUSEU DO SAMBA, na Mangueira para participar do I seminário: SAMBA: PATRIMÔNIO, CULTURA e EDUCAÇÃO. O evento contava com a participação de pessoas ligadas as Escolas de Samba Mirins e foi extremamente gratificante identificar o quanto esse modelo tem tido resultados exitosos no enfrentamento de problemas comuns a todas as comunidades carentes (violência, desinteresse escolar, etc.). Como muitos não sabem do que se trata, transcrevo abaixo um texto que dá uma pequena noção do que são esses pólos de cultura.

O Carnaval mirim inicia sua existência, conforme nos conta REZENDE[1] com o sonho de um visionário em, onde aprenderiam como se desenvolve e a origem das escolas de samba e seus principais personagens e militantes.

O Carnaval mirim inicia sua existência, conforme nos conta REZENDE[1] com o sonho de um visionário em, onde aprenderiam como se desenvolve e a origem das escolas de samba e seus principais personagens e militantes.
Em 1979, Ano Internacional da
Criança, CARECA DO IMPÉRIO SERRANO (Arande
Cardoso dos Santos), teve a ideia de
fundar uma agremiação carnavalesca formada genuinamente por crianças e
jovens. O sonho foi concretizado após quatro anos e contou com o apoio de
renomados sambistas como Alcione e Martinho da Vila.
Estava fundada a Império do Futuro, primeira Escola de
Samba Mirim.
Iniciativas de outros baluartes do
carnaval fizeram surgir outras agremiações, tais como: Corações Unidos do CIEP,
Mangueira do Amanhã, Herdeiros da Vila, Aprendizes do Salgueiro e Flor do
Amanhã.
A primeira entidade representativa
das escolas mirins, a Liga Independente das Escolas de Samba Mirins, LIESM,
surgiu em 1988, ano que deu início a inúmeras Agremiações, tais como: Infantes
do Lins, Miúda da Cabuçu, Estrelinha da Mocidade, Inocentes da Caprichosos,
Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy e Planeta Golfinhos da Guanabara, além
da extinta Leãozinho de Nova Iguaçu.
Em 26 de junho de 2002 a Associação
das Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro (AESM-Rio) foi fundada, sendo
atualmente a representante as Escolas de Samba Mirins desfilantes na Passarela
do Samba. Sua criação deveu-se a um grupo (composto por sete dirigentes de
agremiações filiadas à LIESM e alguns educadores) que optou por desenvolver um projeto voltado única e exclusivamente para
a educação no desenvolvimento dos desfiles de carnaval.
EDUCAÇÃO E AESM-Rio
A AESM-Rio participou ativamente para o tombamento do Samba como patrimônio
imaterial brasileiro reconhecido pelo IPHAN – MINC e entre os Grupos de
Trabalho que mantém, o de EDUCAÇÃO presta-se a realizar importantes estudos no
sentido de evidenciar aos jovens que estes desenvolvem um importante papel para
a salvaguarda da tradição no cotidiano das Escolas de Samba como patrimônio
imaterial brasileiro.
Contribui ainda para a formação de
plateia consciente de seu papel na sociedade, além de promover a capacitação
técnica e artística dentro da economia do carnaval, contribuindo para a
melhoria de qualidade de vida desse público-alvo.
Outra importante contribuição é a
tentativa de conscientização da necessidade de retorno do público-alvo, em
especial os jovens, à escola formal.
Por fim, presta-se esse Grupo a
auxiliar e servir como base para a aplicação e o desenvolvimento da Lei
10.639/03, que estabelece a inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino
Público da História e Cultura Afro-Cultura e Cultura Afro-Brasileira.
Estima-se que as 17 Escolas de
Samba Mirins levem cerca de 42.500 desfilantes 05 a 18 anos de idade em cada edição dos desfiles, que
ocorrem na terça-feira de carnaval.Luiz Carlos Prestes Filho estima esse
contigente de desfilantes em 25.000 pessoas.
A PIMPOLHOS DA GRANDE RIO é referência
em gestão de Escolas de Samba Mirins
[1]
Ref.Bibliográfica
<https://escolasdesambamirins.wordpress.com/about/>.
Acesso em 5 de setembro de 2017.
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