2018-10-27

Sobre ESCOLAS DE SAMBA MIRINS


Hoje estive no MUSEU DO SAMBA, na Mangueira para participar do I seminário: SAMBA: PATRIMÔNIO, CULTURA e EDUCAÇÃO. O evento contava com a participação de pessoas ligadas as Escolas de Samba Mirins e foi extremamente gratificante identificar o quanto esse modelo tem tido resultados exitosos no enfrentamento de problemas comuns a todas as comunidades carentes (violência, desinteresse escolar, etc.). Como muitos não sabem do que se trata, transcrevo abaixo um texto que dá uma pequena noção do que são esses pólos de cultura.



              O Carnaval mirim inicia sua existência, conforme nos conta REZENDE[1] com o sonho de um visionário em, onde aprenderiam como se desenvolve e a origem das escolas de samba e seus principais personagens e militantes.
              Em 1979, Ano Internacional da Criança, CARECA DO IMPÉRIO SERRANO (Arande Cardoso dos Santos), teve a ideia de fundar uma agremiação carnavalesca formada genuinamente por crianças e jovens. O sonho foi concretizado após quatro anos e contou com o apoio de renomados sambistas como Alcione e Martinho da Vila.
              Estava fundada a Império do Futuro, primeira Escola de Samba Mirim.
              Iniciativas de outros baluartes do carnaval fizeram surgir outras agremiações, tais como: Corações Unidos do CIEP, Mangueira do Amanhã, Herdeiros da Vila, Aprendizes do Salgueiro e Flor do Amanhã.
              A primeira entidade representativa das escolas mirins, a Liga Independente das Escolas de Samba Mirins, LIESM, surgiu em 1988, ano que deu início a inúmeras Agremiações, tais como: Infantes do Lins, Miúda da Cabuçu, Estrelinha da Mocidade, Inocentes da Caprichosos, Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy e Planeta Golfinhos da Guanabara, além da extinta Leãozinho de Nova Iguaçu.
              Em 26 de junho de 2002 a Associação das Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro (AESM-Rio) foi fundada, sendo atualmente a representante as Escolas de Samba Mirins desfilantes na Passarela do Samba. Sua criação deveu-se a um grupo (composto por sete dirigentes de agremiações filiadas à LIESM e alguns educadores) que optou por desenvolver um projeto voltado única e exclusivamente para a educação no desenvolvimento dos desfiles de carnaval.

EDUCAÇÃO E AESM-Rio
              A AESM-Rio participou ativamente para o tombamento do Samba como patrimônio imaterial brasileiro reconhecido pelo IPHAN – MINC e entre os Grupos de Trabalho que mantém, o de EDUCAÇÃO presta-se a realizar importantes estudos no sentido de evidenciar aos jovens que estes desenvolvem um importante papel para a salvaguarda da tradição no cotidiano das Escolas de Samba como patrimônio imaterial brasileiro.
              Contribui ainda para a formação de plateia consciente de seu papel na sociedade, além de promover a capacitação técnica e artística dentro da economia do carnaval, contribuindo para a melhoria de qualidade de vida desse público-alvo.
              Outra importante contribuição é a tentativa de conscientização da necessidade de retorno do público-alvo, em especial os jovens, à escola formal.
              Por fim, presta-se esse Grupo a auxiliar e servir como base para a aplicação e o desenvolvimento da Lei 10.639/03, que estabelece a inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino Público da História e Cultura Afro-Cultura e Cultura Afro-Brasileira.
              Estima-se que as 17 Escolas de Samba Mirins levem cerca de 42.500 desfilantes 05 a 18 anos de idade em cada edição dos desfiles, que ocorrem na terça-feira de carnaval.Luiz Carlos Prestes Filho estima esse contigente de desfilantes em 25.000 pessoas.

 A PIMPOLHOS DA GRANDE RIO é referência 
em gestão de Escolas de Samba Mirins


[1] Ref.Bibliográfica
REZENDE, Arleson. AESM: Dez anos de conquistas. Disponível em:
<https://escolasdesambamirins.wordpress.com/about/>. Acesso em 5 de setembro de 2017.

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