Gostaria de compartilhar com os leitores das postagens que faço nesse BLOG do link do texto completo do Professor, radialista, cronista, colunista, etc. LUIS CARLOS MAGALHÃES, que acessei no último dia 27/06/16 e foi postado pelo autor em seu BLOG há exatos 14 meses (5 de junho de 2015), em uma sexta feira como essa que ora inicia.
No texto o gabaritado e experiente estudioso do assunto SAMBA/CARNAVAL discorre sobre suas impressões acerca do debate que presenciara com especialistas em desfiles de Escolas de Samba como HIRAN ARAÚJO, LAÍLA, MILTON CUNHA, entre outros promovido à época por um jornal carioca.
Gosto muito de alguns trechos, em especial quando faz a seguinte constatação:
O público estrangeiro não conhece nossa história, não tem o menor compromisso com as tradições brasileiras e não conhece a nossa língua. Para que o espetáculo lhe seja atraente tem que ser um espetáculo visual com predominância das artes plásticas sobre os valores do samba tradicional.
Mas o que realmente nos faz refletir – e daí minha necessidade de divulgar textos como esse, vez que a finalidade de nosso BLOG é exatamente pensar e repensar os desfiles e o carnaval para encontrarmos uma “fórmula ideal” para a cidade de Niterói – são as indagações que apresenta sobre o tema, sendo as mesmas:
"Mas e se não for assim. E se o que é mais importante em um desfile de escolas de samba for a preservação da cultura brasileira, da história de sua gente? E se muito mais do que isto o desfile significar uma forma de uma parte de o povo brasileiro brincar o carnaval a sua maneira? (...)
E aí eu fico me perguntando: afinal quem é o dono do carnaval? Quem é que estabelece qual é, afinal, sua essência? Tem que ser dançado e cantado e sambado com a alegria própria do carnaval ou sua essência é ser transformado em um produto atraente para platéias estrangeiras?
Será que o desfile das escolas de samba é para ser concebido, embrulhado e vendido tal como um pacote de rapadura, “visualmente melhorada”, para ser um item a mais na pauta de exportações brasileiras? Tal como foi o açúcar um dia, o café depois?
Afinal quem é que determina que o visual prevaleça? Quem determina que as escolas cometam o supremo exagero de desfilar com 4000 pessoas? Quem é que determina que a bateria tenha andamento tão acelerado, que o samba seja mediocremente marcheado?
De onde sai a “mensagem” determinadora do paradigma da perfeição.
Ou seja: que todo erro deva ser punido, tal como fazem os sargentos do 3° R.I. com seus soldados que erram no 7 de setembro?
Não tardará o dia em que o dirigente puxará a orelha do sambista: “aqui não é lugar para se divertir; aqui é lugar de ser disciplinado”.
De que maneira é formada a cultura determinadora de que as alas de passistas - das maiores atrações de todos os carnavais - fiquem escondidas atrás do carro de som tirando do alcance do público um momento tão formidável da festa?"
Vale a leitura completa do texto Qual o Carnaval que queremos?, disponível em http://luiscarlosmagalhaes.blogspot.com.br/2015/06/qual-o-carnaval-que-queremos.html