2019-04-06

LIERJ - Liminar suspende eleição de novo Presidente



         Um amigo, experiente intérprete que entende e conhece bem a estrutura das Ligas da SÉRIE A e do Carnaval da Intendente Magalhães havia no fim do mês passado (março/2019) conversado longamente comigo sobre a situação dessa Liga (LIERJ) e a atuação de alguns de seus representantes, em especial em Niterói e São Gonçalo.
         Crédulo no que disse, fiquei realmente preocupado com o interesse de determinados em Grupos na administração do carnaval da Rua da Conceição e na eleição que ocorrerá na Cubango.
         Tudo que passou-me é confirmado pela notícia que abaixo apresento, originária do site O CARNAVALESCO (em 05/04/2019) na qual esclarece que além da LIERJ constam como réus na ação Wallace Palhares (ex-presidente do Acadêmicos do Sossego) e o presidente da Unidos do Porto da Pedra, Fábio Montebello.
         Também no corpo da postagem EDITORIAL do referido site sobre as mudanças na Liga de 29/03/2019.


Liminar suspende assembleia geral na LIERJ que escolheria novo presidente nesta sexta
Por O CARNAVALESCO em 05/04/2019

         Foi deferia na tarde desta sexta uma liminar, pelo juiz Sandro Lúcio Barbosa Pitassi, que impede a realização de uma assembleia geral que definiria o novo presidente da Lierj às 18h na sede da liga no centro do Rio. O autor é o presidente do Império da Tijuca, Antônio Marcos Telles, o Tê. São réus na ação o ex-presidente do Acadêmicos do Sossego, Wallace Palhares, o presidente da Unidos do Porto da Pedra, Fábio Montebello e a própria Lierj.
         A liminar cita que a convocação da assembleia geral fere artigos do estatuto da entidade. Se a decisão for descumprida a multa é de R$ 300 mil.
         A Lierj enfrenta uma crise política e de disputa de poder desde o fim do último carnaval. O ex-presidente da entidade, Renato Thor, renunciou ao cargo e como ele já era vice-presidente de Déo Pessoa, que renunciou em 2018, novas eleições foram convocadas.



Editorial: mudanças na Lierj

Por Redação Carnavalesco
         Os desfiles de sexta-feira e sábado de carnaval no Sambódromo se tornaram grandes aberturas para o Grupo Especial. O grupo que vivia em descrédito na Associação e na Lesga ganhou respeito e a chancela da Liesa, quando o presidente Jorge Castanheira, assumiu no início a responsabilidade pelo corpo de julgadores. Além disso, a TV Globo passou a transmissão para o Rio de Janeiro os desfiles da Série A e também revolucionou os dois dias primeiros dias de desfiles no Sambódromo.
         Os resultados apurados na quarta-feira de cinzas passaram a ser mais justos, com distorções normais de um julgamento subjetivo, e com pouco critério de pontuação no manual do julgador. Porém, houve viradas de mesas que mancham qualquer instituição e atingiram a relação de credibilidade com os sambistas.
         Em relação aos eventos, comunicação e venda de ingressos, a Lierj trouxe um novo ar para o setor de imprensa. O trabalho sempre privilegiou a ordem da notícia, com perfeita interação nas redes sociais, e tratamento adequado aos veículos de imprensa, inclusive, com respeito aos sites especializados. O sorteio da ordem de desfile foi popular e depois voltou para Cidade do Samba e ficou claro que a Lierj conseguiu levar grandes públicos para os desfiles na Marquês de Sapucaí.
         Agora, a tarefa da nova diretoria que assumirá no início de abril, após a renúncia do presidente Renato Thor, é logo de primeira manifestar quaisquer afastamento de escolas de samba na direção, e, principalmente, trabalhar com o foco apontado para três questões principais: barracões, verba para produção dos desfiles, e lisura no julgamento.
         Durante o ano, a missão ainda pede capítulos árduos. Promover uma festa popular para o sorteio da ordem dos desfiles, manter a qualidade na gravação dos sambas no CD, e, na medida do possível, realizar ensaios técnicos no Sambódromo para atrair os sambistas apaixonados que vivem o carnaval o ano inteiro.
         Além disso é de suma importância que a nova Lierj siga na relação de aproximação com o povo. Os eventos populares, com preços acessíveis ou gratuitos, são parte fundamental de uma gestão de um grupo que contém tantas comunidades tradicionais do nosso carnaval. Eventos como a festa do CD no Terreirão do Samba precisam voltar. A exploração dos equipamentos de lazer da cidade, na Zona Norte, certamente tornará a Lierj e suas escolas cada dia mais queridas pelos cariocas e o povo do samba.
         Em outro aspecto o marketing da entidade precisa se relacionar bem com a TV Globo. É de fundamental que todos os desfiles sejam transmitidos para a capital fluminense. Por isso o espetáculo deve ser cada dia mais pensado em seu aspecto visual. Desfiles como o que vimos em anos recentes com agremiações mutiladas de suas fantasias e indumentárias repelem uma cobertura televisiva que necessita de imagem para se fazer vendável.
         Cumprindo a fundamental missão de informar aos sambistas tudo que acontece no principal grupo de acesso do carnaval, o site CARNAVALESCO seguirá se comprometendo com o acompanhar de todas as etapas do desfile, marcando presença em eventos e finais de samba de todas as escolas da Série A. Acompanhando a gravação do CD, sorteio e lançamento de CD. E nos ensaios técnicos e desfiles cobrará das escolas a perfeita execução dos quesitos em cima do manual do julgador e um resultado que condiga com aquilo que aconteceu na pista de desfiles. O sambista é o protagonista da notícia para nosso veículo.

2019-04-05

CARNAVAL nos BAIRROS - 2019


       Como havíamos salientado na primeira postagem sobre os valores repassados pela Prefeitura Municipal de Niterói para realização dos festejos momescos na cidade, o carnaval nos bairros de Niterói tem grande importância no desenvolvimento da atividade e crescem a cada ano.
       Também havíamos esclarecido na mesma postagem que foram 32 as localidades onde ocorreram eventos. É exatamente o nº de extratos que agora apresentamos, mas reconhecendo que existem algumas situações excepcionais, sendo estas as que em nossa análise figuram como BLOCOS mas que, além de receberem para suas apresentações obrigam-se a realizar o carnaval em determinada comunidade/bairro, como o caso do B.C.C. Vai e Vem e B.C. Se der Certo Continua (Rua Santos Moreira e Carnaval da Avenida Central, respectivamente).
       Outrossim, inserimos o CARNAMAR na listagem como um dos eventos do carnaval da Região de Praias da Baía.

Os 52 BAIRROS e as 5 REGIÕES ADMINISTRATIVAS
        O município possui 52 Bairros divididos por 5 Regiões Administrativas.
       Já fizemos a análise da situação das Agremiações desfilantes na Rua da Conceição em relação a sua localização nas Regiões de Niterói (IMAGEM AO LADO) e agora apresentamos o nº de atividades considerada como CARNAVAL de BAIRRO nessas Regiões os valores repassados para sua realização.

CARNAVAL DE BAIRRO POR REGIÃO
       A Região que menos apresentou este tipo de atividade foi a LESTE, que possui apenas 3 Bairros e teve apenas um evento, no Rio do Ouro.
       A REGIÃO OCEÂNICA teve eventos em Comunidades, Bairros e até mesmo um inovador Carnaval Gospel e, no total, naquela Região ocorreram 4 eventos.
       A REGIÃO DE PENDOTIBA teve eventos de Carnaval em bairros como Sapê, Badu, Matapaca, Maceió e Ititioca.
       O maior valor de repasse para o Largo da Batalha, bairro que atualmente pode ser considerado referência em eventos ligados a samba, pagode e carnaval. Semanalmente ocorrem eventos em via atualmente conhecida como Rua do Samba e a importância do local durante o carnaval pode ser identificada por ter sido a única Administração Regional a designar a Comissão responsável pela organização das atividades carnavalescas (PORTARIA Nº 001/2019, D.O. de 01/02/19).
       Nas maiores Regiões da cidade (PRAIAS DA BAÍA E NORTE) ocorreram mais da metade dos eventos. Somados, são 29 bairros. Houveram 21 Extratos que ultrapassaram o total de R$400.000,00.

2019-04-02

ENTENDENDO AS INFORMAÇÕES QUE NOS CHEGAM


Posto um belo texto que entendo também dizer respeito ao tema que esse Blog aborda. Embora trate-se de uma narrativa para entendermos a violência em seus vários aspectos e definir os papéis de seus atores em cada fato que ocorre, ensina a vermos a coisas com outro olhar. 
Como pretendemos postar durante essa semana alguns textos para dar continuidade ao levantamento do repasse dos valores públicos para a realização do carnaval de 2019, acredito que salutar a leitura antes de reclamar e/ou exaltar a postura do Executivo municipal e o gasto com o carnaval.

Além do texto, insiro vídeo (baixa resolução) com a narração do referido texto com pouco mais de dez minutos. Acredito que isso facilita o acesso e o conhecimento dessa situação banal que torna-se um incrível encontro de pessoas e idéias.


SOARES, Luiz Eduardo. JUSTIÇA: Pensando alto sobre violência, crime e castigo. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 2011.

Pgs.13 a 18


1. O SENTIDO DE UMA HISTÓRIA DEPENDE DO PONTO A PARTIR DO QUAL COMEÇAMOS A CONTÁ-LA

         Cheguei a Recife atrasado para a palestra na universidade. Não estava muito a fim de papo. O que é raro. Costumo gostar de conhecer pessoas e de conversar. Além disso, táxis são ótimos veículos para conhecer a cidade e seu espírito e as opiniões comuns da população sobre política, sexo, crime e futebol. O método não é lá muito científico, mas funciona. A gente fica com uma visão geral do que a sociedade tem discutido. Entretanto, naquele dia eu não queria prolongar muito o diálogo. Estava preocupado com a hora e com as expectativas de meus colegas. Eles tinham sido muito gentis quando me convidaram, e eu não queria decepcioná-los.

         Não tinha jeito. Enquanto eu tentava repassar a palestra de memória — primeiro: definir violência; segundo: apresentar os dados nacionais e internacionais; terceiro: discutir as causas; quarto: apresentar possíveis soluções —, o taxista insistia em  puxar assunto. Contava uma história depois da outra e nem esperava para ouvir minha opinião. Emendava logo a próxima. Parecia a Rádio Relógio. Eu tentava escapar, misturando a rememoração dos temas que planejara abordar com as paisagens belíssimas de Recife e Olinda.

         O taxista era uma fonte inesgotável. Até que, finalmente, pescou minha atenção. Parei de contemplar céu, mar, prédios e bairros históricos, e me concentrei no que ele dizia. E dizia com ênfase, com uma força verdadeiramente dramática, em um tom que oscilava entre a fúria da indignação e a delicadeza das emoções sutis. Fui envolvidos pelos sentimentos de meu  interlocutor. A história me interessou, como interessaria a qualquer ser humano. E talvez esteja aí uma das chaves do fascínio que a violência exerce sobre todo mundo, por atração ou repulsa. Ela faz, em nós, uma ligação direta com nossas emoções mais profundas e primitivas: terror, amor, ódio, prazer, dor, as seduções do poder, o desamparo da impotência, a proteção paterna, o cuidado materno, a solidão, o abandono, a devastação de nossa identidade e da autoestima, a incomunicabilidade, a indiferença, o desprezo, a solidariedade, o egoísmo mais extremo e o altruísmo heroico, a generosidade e a compaixão, a afirmação que é vida e a: negação radical, que é morte.
         Ele contou o seguinte: um adolescente fez sinal; o ônibus parou. O garoto entrou. IA porta se fechou atrás dele. Havia poucos passageiros: um em pé, sete ou oito sentados. O jovem sentou-se.
         O motorista do ônibus era amigo do taxista, amigo mesmo, quase irmão — parceiro da vida inteira. Cresceram juntos. Começaram, juntos, a trabalhar. Casaram-se na mesma época. As esposas tiveram o primeiro filho mais ou menos no mesmo período. Eram quase uma família só.
         Subitamente, pondo-se de pé, o adolescente anunciou o assalto. Daí em diante, as informações não são claras. O que se sabe é que o rapaz atirou no motorista e fugiu com o dinheiro que roubou dos passageiros. O tiro atingiu um órgão vital. O amigo do taxista não resistiu. Já chegou ao hospital sem vida. “Uma estupidez, uma estupidez”, gritava meu interlocutor. “O. senhor sabe o que vai acontecer com esse bandido, esse assassino, esse monstro?”, indagou.
         Eu mal conseguia pensar no que dizer. Não foi preciso. Ele mesmo respondeu: “Nada. Não vai acontecer nada, porque o nosso país é a terra da impunidade. Esse pessoal dos direitos humanos vai proteger o garoto. O delinquente não vai para a prisão porque é menor de idade. Daqui a dois, três anos, o homicida está por aí, livre, matando outros pais de família. Ele deveria ser linchado. Pena não haver pena de morte no Brasil. Queria ver esse cara torrando na cadeira elétrica.”

         Sabia que era meu dever responder, ponderar, repelir a acusação que fazia a mim e a meus colegas, militantes dos direitos humanos, mas o homem estava tão emocionado — e cheio de razão em cobrar alguma reação do Estado — que hesitei e, por um tempo, me calei. Tive medo de ofendê-lo. Todo sofrimento merece respeito. Naquele momento, não era o homem que falava; era seu coração, a sua dor. O motorista do ônibus fazia jus ao luto, ali representado por meu silêncio reverente. Há situações em que convidar o outro a raciocinar sobre um ponto de vista diferente já é, em si mesmo, um ato de hostilidade, de incompreensão do drama que a pessoa está vivendo. Há circunstâncias em que argumentar
é impróprio-e até agressivo, independente do conteúdo da argumentação. Intuindo tudo isso, preferi ficar calado. O momento não era propício para uma disputa para saber quem tinha razão. Só me restava dar um abraço e oferecer o ombro ao taxista. Chorar não é feio. Não é vergonha nenhuma abraçar outro homem. Mesmo um desconhecido. Tudo bem. Sei disso. Ele também devia saber. Mesmo assim, apesar do impulso, não tive coragem. Ia ficar meio estranho abraçar o motorista enquanto ele dirigia. Uma cena triste, que corria o risco de ficar engraçada. Melhor atenuar a manifestação de solidariedade. Talvez ficando imóvel e mudo. Certo ou errado, foi o que acabei fazendo.
         “E agora?”, perguntava o taxista. “E agora? O que será da viúva? O que vai acontecer com os cinco filhos? Que futuro os espera? Ela sempre trabalhou em casa. Nunca se profissionalizou. Cuidava da casa e já era demais: pouco dinheiro, a garotada para alimentar, problemas para administrar, a educação dos meninos e das meninas... E agora?”
         “Provavelmente”, prosseguiu ele, “os mais velhos vão ter de abandonar os estudos e trabalhar. Como são muito novos, o jeito vai ser vender bala nas esquinas. Longe de casa e da escola, e perto de gente que mora nas ruas, entre drogas e esmolas, os meninos vão acabar se perdendo. Aquele monstro não só tirou a vida de um pai de família, como matou o futuro dos filhos” :
         Fiquei ali, em silêncio, olhando sem ver as belas paisagens de Recife que passavam pela janela. Imaginei o sofrimento dos filhos e da esposa do motorista de ônibus assassinado. Até que percebi que as duas pontas da história se encontravam: o ihício e o fim. Tomei coragem e disse ao taxista: “Veja o senhor como são as coisas: esses meninos " que ficaram órfãos são vítimas, assim como o pai.” Fiz uma longa pausa. O motorista quebrou o silêncio, complementando: “São pobres vítimas indefesas. E sinto muita tristeza por eles.” Tomei fôlego e continuei: “Imagine o senhor esses pobres meninos, pré-adolescentes, crianças, ainda, daqui a pouco podem estar na rua, sentindo-se abandonadas, com a autoestima esmagada. Porque, como o senhor disse, por mais que a mãe se esforce, vai ser muito difícil, que ela consiga sustentar toda a família, mantendo todos os meninos na escola, trabalhando fora e, ao mesmo tempo, educando as crianças e dando a todas elas o amor de que precisam, agora mais do que nunca.”
         “Justamente”, concordou o taxista.
         “Pois é”, prossegui, “esses meninos correm o risco de ir para a rua, envolver-se com drogas, crimes, armas...”
17
         O taxista me interrompeu: “Tudo de ruim, coitados.”
         “Um dia”, retomei meu raciocínio, “um dia, um deles, desesperado atrás de dinheiro — talvez para comprar crack, entra num ônibus, rende passageiros e, sem pensar, atira no motorista e foge”.
         Olhei para o taxista. Ele devolveu o olhar, de relance. Percebi que estava começando a entender aonde eu queria chegar.
         Concluí: “O senhor acha que, nesse caso, se isso viesse a acontecer, o órfão de seu amigo mereceria ser chamado de monstro? O senhor participaria do linchamento dele? O senhor, se fosse juiz e se nosso país tivesse pena de morte, o condenaria à morte?”

         O taxista dirigia, olhando fixo para frente. Não disse mais nada.

         Quando parou, dentro do campus da universidade, na frente do prédio em que eu daria a palestra, olhou para mim e respondeu: “Não.”

         Paguei a corrida. Recebi o troco. Desejei boa-tarde. Agradeci. Quando eu saía do carro, o taxista disse, numa voz mais baixa do que seu tom habitual: “Nunca tinha pensado por esse lado.” Não perdi a oportunidade e completei meu, argumento: “Uma história muda de sentido, dependendo do ponto a partir do qual se comece a contá-la. Talvez entendêssemos de uma forma um pouco diferente o significado do assassiriato do motorista do ônibus se a história de quem o matou tivesse sido contada desde o início. Não se trata de passar a mão na cabeça de quem comete uma atrocidade inominável como essa. Não se trata de subestimar a brutalidade desse ato injustificável. Trata-se de compreender como foi possível um ser humano ter se desumanizado a ponto de matar outro ser humano daquele jeito. Se quisermos que isso não se repita, teremos de agir para mudar essa realidade capaz de desumanizar uma pessoa. Não adianta, nem é justo, agir por vingança. Isso só acrescenta à história violenta mais um capítulo violento. Ou seja, isso só gera mais violência, quando o que eu e o senhor desejamos não é a vingança, é que violências assim não se repitam”

         Ele balançou a cabeça: “Tem razão.” -

         Cheguei em cima da hora. Mal tive tempo de cumprimentar os colegas. Subi ao palco, saudei a audiência e anunciei o tema da palestra: “Vim lhes falar sobre violência. Mas pretendo fazê-lo explicando por que o sentido de uma história depende do ponto a partir do qual começamos a relatá-la” .