LIVROS, LIVROS, LIVROS...
Eu, Maçu, Luana, Jardel e Gramático: O que temos em comum?
Tão bom se ao comprar os livros comprássemos também o tempo para lê-los. (Autor Desconhecido)
Se tem uma coisa que desde a tenra idade me dá prazer é ler. Ler para mim, ler para os outros, ler por ler...
A base de meu ganha-pão é a leitura. Leio para falar e escrever bem. Sou advogado e professor. Não tenho tempo de ler tudo que quero. Cancelei a assinatura do jornal a Folha de São Paulo na quinta-feira última por causa disso. A mocinha do call-center me ligou ontem. Tô cansado de explicar para eles(da Folha) porque eu cancelei... Me angustia o jornal que tem como colunistas Ferreira Gullar, Ruy Castro, etc. se acumular na bancada da sala. Fui indelicado dessa vez. Não costumo ser indelicado com mocinhas de call-center só que no dia anterior foi uma chatice para efetuar o cancelamento. Anotei o Protocolo dessa vez. Não costumo anotar protocolos das chamadas de call Center.
Hoje descobri um novo lugar que tem livros que não são fáceis de encontrar e cuja referência tinha apenas devido a lista disponibilizada pelo site GALERIA DO SAMBA com mais de 200 obras sobre carnaval/samba.
Hoje conheci o Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro.
Em visita Guiada pelo Professor Jardel Lemos adentrei na MIDIATECA do Complexo de Dança Carioca. Não é BIBLIOTECA pois, além de livros, tem também no acervo variados registros em diversas mídias.
Localizada no 3º andar do Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro (Rua Humaitá 115, Tijuca), é espaço de pesquisa e memória da Dança através dos registros feitos em livros, revistas, folders, DVD´s, publicações e vídeos, muitos ainda em fitas VHS. Possui um computador para visualização de arquivos digitais.
Em visita ao local neste sábado nos recebeu a simpática funcionária LUANA GARCIA.
Com extrema gentileza para com os visitantes, ao perguntarmos sobre livros específicos sobre CARNAVAL e/ou SAMBA apressou-se em buscá-los na prateleira.
Apresentou-me a obra MAÇU DA MANGUEIRA – O primeiro mestre sala do samba.
Foto minha da capa
Nunca tive acesso a um exemplar da mesma e fiquei feliz ao identificar em pesquisa eletrônica que a Editora está em atividade e o autor escrevera outra obra sobre dançarinos de carnaval. Folheei o exemplar e o desejei. Mas como nem tudo que queremos se pode ter... Não existem exemplares a venda nos lugares que nunca me decepcionaram quando compro meus livros.
Buscapé e estante virtual
Felizmente a Editora que o lançou ainda está em atividade e é possível por apenas R$22,00 adquirir esse exemplar quanto a outra obra de Sérgio Gramático Júnior, sobre outros dois exímios dançarinos da Magueira.
FOTOS DAS CAPAS
Hoje, o pouco que sei de Maçu deve-se a pesquisa feita na madrugada após a visita ao CCCRJ.
É a blogueira de um jornal mineiro que transcreve o que encontrara em um BLOG de BRUNO RIBEIRO e que não se encontra mais disponível.
(http://botequimdobruno.blogspot.com/2008_06_01_archive.html)
Da transcrição consta que Maçu fora um dos primeiros moradores do morro da Mangueira e junto com “jovens tão encrenqueiros quanto ele” fundam o bloco dos Arengueiros, por volta de 1923. Foi Cartola, exercendo sua liderança no morro, quem pedira o fim da baderna no Carnaval, clamando por respeito aos sambistas. Maçu está entre os sete fundadores da Verde e Rosa e Carlos Cachaça, de quem foi amigo, contava que Maçu era o responsável por garantir a segurança dos “encrenqueiros”, sendo certo que diziam que Maçu nunca fora derrubado numa roda de pernada e, por ter sido ele o mais valente dos arengueiros (Bloco que participara e deixara de existir com a fundação da Escola de Samba), foi ele o escolhido para ser o guardião do estandarte da Agremiação.
Assim, transcreve: “Em janeiro de 1929, no lendário desfile de Engenho de Dentro, inova o bailado do baliza e leva para a avenida, pela primeira vez, a figura imponente do mestre-sala. O impacto de sua aparição foi tão grande que nenhuma outra Escola, a partir de então, poderia conceber o desfile sem aquele personagem.”
Pouco mais diz o texto, mas ressalta sua importância na Agremiação, sendo ele até mesmo o Presidente que mais tempo ficou à frente da Estação Primeira de Mangueira: 17 anos.
Pouco mais diz o texto, mas ressalta sua importância na Agremiação, sendo ele até mesmo o Presidente que mais tempo ficou à frente da Estação Primeira de Mangueira: 17 anos.
Maldita curiosidade! Quero agora saber quem era esse sujeito que além de “bom de porrada” dançava com a leveza indispensável ao que hoje chamamos de mestre-sala.
O que me reconforta é que agora sei que Luana irá deixar-me ler um pouco mais sobre ele, assim que novamente for ao CCCRJ, o que pretendo fazer em breve, muito breve.*
Foto de Luana e o professor
* A MIDIATECA no momento realiza um novo (ou refaz, não sei ao certo) o cadastramento/catalogação do acervo, mas a funcionária responsável deixou claro que o espaço permanecia aberto ao público de terça a sexta-feira, das 10 ás 18hs (aos sábado é de 10 ás 16hs). Assim, qualquer um pode ter acesso ao conteúdo do acervo (cujo manuseio e/ou leitura deve dar-se no próprio local, sendo vedado a retirada de quaisquer dos itens).